Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital
Foto:Charles Etoroma on Unsplash
Fizemos uma pesquisa sobre “O que Faz Marcas, Produtos e Serviços Importantes para Você”, para os consumidores no Brasil e em Portugal, Espanha e Reino Unido. Já temos os resultados do comportamento do consumidor europeu ou que vive na Europa, e vamos compartilhar com vocês as análises.
No geral, o resultado nos mostra que, cada vez mais, existe a preocupação com o coletivo. O benefício de um produto ou serviço para a sociedade vem sendo mais importante do que o benefício pessoal que eles possam trazer. Isso evidencia uma grande transformação no padrão de comportamento, de decisão de compra do consumidor: a responsabilidade de melhorar a vida da sociedade não está só nas mãos dos governos, mas também nas empresas e nas escolhas de cada cidadão.
Sobre o que faz uma marca ser incrível, 53.37% dos respondentes disseram que o produto ou o serviço deve ser compatível com o que promete, porém mais uma vez foram citados benefícios coletivos como atributos importantes para 23.60%. Já o preço que os consumidores aceitam pagar por eles está mais subjetivo. O preço baixo não é o grande fator decisório de compra e compete com a melhoria de qualidade de vida das pessoas para 15.17% das pessoas.
A pesquisa mostrou também que a relevância das marcas presentes na mente dos consumidores está em xeque. Atualmente, 64.97% das pessoas sentiriam falta de apenas 1 a 5 marcas de produtos que utilizam, caso elas desaparecessem. É um número muito pequeno de empresas e fabricantes relevantes para esses consumidores, comparado à quantidade existente no mercado. E mais: cerca de 3% das pessoas diz que não sentiria falta de nenhuma marca que costuma usar, caso elas deixassem de existir.
Mas onde os consumidores encontram os produtos ou serviços que desejam? Antes de efetuar uma compra, 79.78% das pessoas procura informações nos sites que aparecem nos rankings de buscadores. A resenha disponível na internet chega a ser mais relevante do que a opinião de amigos e familiares (50.56%), e também do que é publicado nas redes sociais (28.65%).
A presença no mercado digital é cada vez mais importante para o relacionamento entre marcas e clientes, e para o aumento de vendas. Quem ainda não expõe seus produtos ou serviços na internet precisa repensar, com urgência, a sua estratégia ou corre o risco de desaparecer da mente do consumidor.
Por Isabel Diniz
Especialista em Conteúdo e UX Writer
Foto: tirachard / Freepik
À medida que há cada vez mais usuários de mídia digital, as empresas sentem necessidade de estar presentes nesse segmento também. E as agências de mídia engajadas com o sucesso de seus clientes sabem que é preciso usar dados personalizados para atingir os consumidores da maneira que as empresas desejam, sem deixar de fora a avaliação de dados provenientes das redes sociais, do público-alvo. E será que as empresas conhecem mesmo a sua audiência? Existe demanda para o que a empresa quer vender?
É imprescindível que a empresa conheça bem o seu público, mas não só isso. É preciso entender como ele se relaciona com a sua marca. A palavra-chave nesse quesito é: pesquisa. Pesquisar sobre seu consumidor, do que ele gosta, seus hábitos de compra, identificar o que ele busca ao optar pela sua marca dentre todas as outras é o que vai direcionar você para um conteúdo relevante e criar engajamento com o público.
Onde encontrar o seu público-alvo
Algo bastante comum entre as empresas é achar que para ter uma boa presença on-line é necessário estar em todas as redes sociais, mas isso é um engano. Da mesma forma que é preciso saber para quem você está vendendo, é importantíssimo saber onde encontrar as pessoas para quem você quer vender.
Se o seu público é mais velho, não há razão para ter uma conta no TikTok, por exemplo. Sua audiência não vai estar lá. Não adianta nada criar conteúdos incríveis se ninguém vai interagir com a sua marca. Uma grande vantagem das redes sociais é que você pode analisar quais plataformas trazem maior resultado e investir naquelas que de fato têm condições de dar o melhor retorno.
Como falar com o seu público-alvo
Você já sabe quem é seu público e já sabe onde encontrá-lo. Mas você sabe conversar com ele? Cada rede social exige um tom diferente, e é necessário distingui-lo em seus posts. Pode ser mais informal? Pode ter piadinhas? Ou a formalidade é que se encaixa melhor?
Em cada post, nunca se esqueça de com quem você está conversando. Usar uma linguagem com a qual o seu público-alvo se identifica faz com que você estabeleça conexões emocionais muito mais facilmente e de forma natural.
Por Isabel Diniz
Especialista em Conteúdo e UX Writer
Arte: Vectorarte / Freepik
Quem acha que mídias sociais servem apenas para postar textos, fotos e vídeos precisa urgentemente rever seus conceitos. As redes sociais estão aí para serem usadas, e cada vez mais as empresas enxergam o potencial de venda que elas têm. Porém, nada funciona se não houver uma boa estratégia por trás. Estar presente nas redes sociais já não é nenhum diferencial, então, o que se pode fazer para transformar o comum em algo extraordinário?
Com o acesso da internet à grande massa, a forma como as pessoas se conectam e se relacionam mudou, e as redes sociais foram o trampolim para que essa relação se fortalecesse. Dessa forma, essas plataformas facilitaram o encontro de pessoas que compartilham dos mesmos interesses, ideais e experiências, através de conversas, vídeos, fotografias, textos etc.
A internet tornou muita coisa possível, inclusive a aproximação – de forma nunca antes vista – entre as empresas e seus consumidores, expandindo o alcance das marcas e fortalecendo a relação entre eles. Por outro lado, os consumidores começaram a ficar mais atentos ao que as empresas fazem por eles e para eles e, da mesma forma que são cativados em um momento, podem simplesmente abandoná-la em outro. E é por isso que fazer uma boa gestão das redes sociais pode ser um diferencial de peso na hora de manter o cliente e conseguir novos usuários.
A importância da boa gestão de mídias sociais
Quando as empresas exploram o mundo fora do escritório, e há um objetivo pré-definido do que se espera de determinada mídia, o trabalho digital fica bem mais fácil. As redes sociais são as janelas que as empresas utilizam para atrair o consumidor e fazê-lo conhecer melhor o seu negócio, além de serem potenciais canais de geração de leads. Portanto, divulgar conteúdo de qualidade é a chave para manter o cliente engajado e receptivo.
Por falar em geração de leads, é superimportante que a empresa saiba se relacionar com eles. Fazer posts repetitivos, sem conteúdo relevante e sem frequência definida são erros comuns que fazem com que os usuários percam o interesse ou não deem credibilidade ao negócio. Entenda que nas redes sociais o conteúdo é muito mais importante do que falar sobre seus produtos ou serviços. E ter uma presença ativa gera autoridade!
Quando se ganha autoridade, o ciclo flui:
Como fazer a gestão das redes sociais
Agora que você já sabe que as redes sociais são excelentes ferramentas para impulsionar os seus negócios, e supondo que você já conhece seu público, chegou a hora de arregaçar as mangas e colocar a mão na massa. É necessário seguir alguns passos básicos, porém essenciais para ter sucesso.
Estratégia
Aqui iremos, novamente, usar e abusar dos objetivos que a empresa quer alcançar. Aumentar as vendas? Captar mais leads? Facilitar a comunicação com o cliente? Divulgar a marca? Independentemente da estratégia que se tem na cabeça, é necessário sempre ter um objetivo em comum, pois somente assim conseguirá criar boas ações e divulgá-las da melhor maneira. E lembre-se: nas redes sociais, se o seu objetivo comum mudar (e é bom que mude de tempos em tempos), você não precisa alterar tudo e começar do zero.
Conteúdo relevante
Conteúdo relevante é a chave para se conseguir fidelizar clientes. Mas quando falamos em conteúdo, não é apenas escrever um texto ou colocar uma foto bonita. Vai muito além. As redes sociais demandam que a empresa tenha conhecimento do seu público-alvo e saiba utilizar a plataforma em seu benefício. Com isso em mente, os profissionais de conteúdo conseguem desenvolver de forma criativa textos estratégicos que vão explorar os tópicos que mais atraem os consumidores, levando em consideração a premissa de cada rede social.
O Instagram e o Pinterest são redes sociais mais visuais, por isso, fotos bonitas são essenciais. Capriche nelas.
O YouTube permite fazer vídeos de qualquer tema ou tipo. Pode ser de demonstração ou solução de problemas de produtos ou serviços, por exemplo, ou até mesmo vídeos institucionais. É um mundo de possibilidades, e a empresa ainda pode fazer uso de parcerias, tendo a ajuda de YouTubers para atrair novos usuários.
O LinkedIn serve para a empresa criar mais autoridade, postando artigos em seu nicho, compartilhando posts referentes ao negócio e divulgando vagas.
O Twitter é muito bom para fazer pesquisas e criar enquetes, além de ser ótimo para treinar conteúdo interessante com poucas palavras.
O Facebook é ótimo para linkar posts de seu blog, fazer anúncios e compartilhar mais informações sobre um produto ou serviço.
Identidade visual
A identidade visual é importante por diversos motivos, como personalidade da marca e maior destaque no feed. Há algumas empresas fazem isso tão bem, que antes mesmo de lermos o nome da marca, já sabemos de quem se trata. A identidade visual encanta o cliente e deixa mais fácil o reconhecimento da marca.
Seja consistente
Não adianta nada fazer posts aleatórios, em dias aleatórios e com intervalos muito grandes. É necessário manter a constância e criar pautas editoriais, verificando a interação que terão com o público, qual os melhores horários para subir os posts e em quais redes sociais.
Não é preciso criar conteúdo todos os dias para todas as mídias, mas é importante fazê-los com recorrência, variando as redes. Assim você sempre terá conteúdo relevante para entregar e atingir os clientes.
Mas se for difícil executar essa rotina diariamente, você pode contar com o agendamento de posts. Há inúmeras ferramentas que facilitam esse trabalho, para que você fique livre para cuidar de outras funções da gestão de mídias, como a interação com os clientes, por exemplo.
Resultados, resultados, resultados
Você sabe que está fazendo uma boa gestão quando começa a ver os resultados positivos, mas como saber se o caminho está certo? Analisando os números.
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Saber se sua audiência está interagindo, se você está captando mais leads e até se seu ROI (Retorno sobre Investimento) está positivo são alguns dados importantes para se mensurar e entender se a sua empresa está investindo na rede social certa – e se está sendo feita a gestão correta. É possível que seus resultados sejam bem diferentes em cada mídia, portanto, não se esqueça que suas ações deverão ser diferentes para cada uma delas.
As ferramentas que podem ajudar a fazer uma boa gestão de mídias sociais
Por mais que se queira e tenha boa vontade, sozinho não se chega a lugar algum
Hoje em dia, há inúmeras ferramentas que podem ajudar você a fazer a gestão no dia a dia das redes sociais. Elas monitoram as atividades dentro da rede social, agendam os posts, medem o ROI, exibem anúncios e muito mais. Você só precisa identificar qual delas é a melhor para seu negócio, e avaliar se o custo cabe no seu bolso. Algumas bastante conhecidas são:
HootSuite: é compatível com mais de 35 redes sociais e oferece uma plataforma de treinamento para o uso da ferramenta;
Buffer: é bom para quem é iniciante em redes sociais e possui uma versão gratuita (limitada);
Hubspot: a plataforma permite que você não apenas monitore e publique, mas também obtenha dados de relatório de desempenho, verificando quais canais geraram leads e vendas.
E aí, pronto para dar o start?
Você já percebeu que gerir uma rede social não é dos trabalhos mais fáceis! Mas com comprometimento e conhecimento do seu público, é possível fazer dar certo. Aliás, se você ainda não conhece o seu cliente ou não tem certeza se está agindo da melhor forma com ele, veja algumas boas dicas neste outro artigo sobre público-alvo.
Se você já tem sua empresa nas redes sociais, responda a essa pergunta: elas estão dando o resultado que você gostaria?
E se você precisar de ajuda, nossa experiente equipe de conteúdo vai desenvolver a sua marca!
Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital
Foto:freepik
É incrível o poder que as redes sociais mostram hoje em dia e o alcance que um post pode ter, mas o que fazer quando uma marca é atingida de forma negativa? Histórias reais vêm à tona e tornam-se virais em um piscar de olhos, como o caso envolvendo uma funcionária da Avon. Da mesma forma, temos consciência do estrago que fake news fazem e de como uma informação falsa é disseminada nas redes.
O caso mais recente é o escândalo da Wayfair, uma loja de departamentos americana. Uma cliente indignada com os preços altos, em um post numa rede social, levantou a suspeita de tráfico de crianças. Isso mesmo. A cliente acha que a loja cobra preços muito altos por seus produtos da coleção WFX, então, a única coisa que justificaria os valores da Wayfair seria ela traficar crianças. O post foi:
“Is it possible Wayfair involved in Human trafficking with their WFX Utility collection? Or are these just extremely overpriced cabinets? (Note the names of the cabinets) this makes me sick to my stomach if it’s true 🙁 “
Bastou isso aparecer nas redes sociais para surgirem os “detetives” de plantão, avaliando os produtos da loja, os nomes dados a eles, e criarem suas linhas de investigação. Algumas pessoas foram a fundo, e disseram que o número de estoque dos produtos junto ao termo “src usa” no mecanismo de busca russo Yandex apresenta referências a crianças e à pedofilia, entretanto, segundo testes, isso é comum com qualquer sequência aleatória de números junto ao “src usa” nesse buscador.
Os nomes de alguns produtos, por serem próprios, também foram apontados como possíveis “provas” pelos internautas. Isso porque alguns deles aparecem nas listas de crianças desaparecidas nos Estados Unidos. Bom, há que se mencionar que existem cerca de 800 mil crianças desaparecidas na América, segundo o National Center for Missing and Exploited Children. Diante de um número de tal dimensão, me parece muito fácil um nome daquela lista figurar em qualquer lugar: em outras crianças, em automóveis, em móveis, em roupas, em brinquedos… Muitas marcas dão nomes de pessoas a seus produtos. Até animais de estimação ganham nomes próprios.
A acusação foi bem grave, e até agora nada foi provado por quem de fato investiga crimes: a polícia. Porém, a mancha na marca já foi feita. A loja teve de se explicar, dizendo que os itens da coleção em questão são industriais, por isso o preço alto. Todos os equipamentos industriais são caros. Porém, o preço de alguns outros produtos, como travesseiros e cortinas também foi questionado pelos usuários. Isso me fez pensar em até que ponto uma marca tem autonomia para precificar seus produtos hoje em dia.
Lembrando os Ps do Mix de Marketing, o preço de um produto envolve muitas variantes: o custo de fabricação, os impostos, a distribuição, as comissões, a concorrência, a margem de lucro, a qualidade e como a marca quer se posicionar diante do mercado, por exemplo. Assim, a empresa precifica o produto, e o consumidor decide se o compra ou não, de acordo com a sua percepção de valor agregado. Mas e quando o cliente não enxerga o benefício ou duvida dele? A empresa deve se justificar? Baixar o preço? Na minha opinião, quando o cliente não percebe a qualidade de um produto há um grande problema para a marca, pois significa que a comunicação e o marketing não estão sendo feitos da maneira que deveriam para que os objetivos fossem atingidos.
No caso da Wayfair, a empresa ainda não “justificou” os preços de seus travesseiros e cortinas. Ela não é obrigada a fazer isso, mas considerando os dias de hoje e a velocidade que uma informação ganha é necessário fazê-lo. Acredito que sair de uma crise dessas, já instalada e disseminada pelas redes sociais não vai ser fácil, mas agir com transparência e agilidade na resposta ao público é sempre um bom começo.
Em 2017, publiquei um artigo no Linkedin questionando a perda do anonimato e usando um projeto de um fotógrafo Russo, Egor Tsvetko, chamado “Your face is big data” como exemplo. Nele, Egor Tsvetko tirou por volta de 100 fotografias de estranhos no metrô de São Petersburgo e usou um aplicativo para encontrá-las.
O aplicativo em questão era o FindFace, também fundado por Russos em 2016. E de fato os resultados foram assustadores, o fotógrafo conseguiu encontrar cerca de 70% das pessoas e seus perfis online. Passados 3 anos, o produto vai mais longe e promete encontrar uma pessoa em uma multidão numa fração de segundos, direcionando-o a empresas e governos para diversos fins.
A polêmica do momento é o aplicativo FaceApp, que usa premissas lúdicas, como filtros que permitem fazer mudanças físicas em seu rosto, e viralizou entre “Anônimos” e famosos na internet. Ele tem uma proposta de valor muito clara para seus usuários e diretamente conectada a desejos humanos, afinal, quem não gostaria de se ver de forma diferente?
Apesar de parecer inofensivo, o aplicativo vem sofrendo diversas acusações relativa ao uso dos dados de seus usuários e sua política de privacidade. Tudo isso acaba por ser potencializado uma vez que tivemos o escândalo da Cambridge Analytica há pouco tempo, onde dados de mais de 80 milhões de usuários do Facebook foram utilizados para influenciar a opinião de eleitores em todo mundo.
Mentira ou verdade, se em 2017 eu brincava que a palavra anônimo estava sendo retirada do dicionário, hoje, tenho quase certeza que já foi. E isso, apesar de parecer uma coisa ruim, que de fato é, nos traz diversas oportunidades de produtos que façam justamente o contrário e protejam nossos dados.
O aclamado musical “Hamilton” chegou ao Disney+ (a plataforma de streaming da Disney), no dia 3 de julho, causando uma grande comoção nas redes sociais. Lançada na véspera da comemoração da Independência dos Estados Unidos, a gravação ao vivo da peça ficou nos trending topics Global e do Brasil por horas.
O espetáculo conta a história de Alexander Hamilton, um dos fundadores dos Estados Unidos e o primeiro Secretário do Tesouro americano, com um toque diferente dos musicais ditos ‘tradicionais’. Durante 2h30, o elenco original da Broadway mostra seu talento ao utilizar o hip-hop e o jazz para introduzir o público a um conto que vai muito além de Hamilton. Com os atores cantando do começo ao fim, o rap se torna o instrumento que permite a obra fluir de forma natural.
Lin-Manuel Miranda, o criador da produção e o intérprete do personagem título, abusa da licença poética para criar personagens carismáticos que abordam assuntos que estão em alta nos últimos anos: a imigração nos EUA e o racismo que ainda persegue parte da população. Foi assim que o produtor fez história ao escalar atores afro-americanos, sino-americanos e latino-americanos em sua releitura de dois grandes momentos históricos: a Revolução Americana e as primeiras eleições estadunidenses.
A montagem mostra que não é necessário um palco cheio de ornamentos para prender o público e utiliza ferramentas muito mais poderosas para passar sua mensagem: um jogo de iluminação para não se colocar defeitos, coreografias poderosas e letras que passam sua mensagem de forma clara.
Vale ressaltar que todas as vezes que o teatro ultrapassa a barreira do palco e vai para as telas e telonas, o grande público finalmente ganha a oportunidade de consumir um produto que até hoje é considerado elitizado. E não é diferente com “Hamilton”! O filme estava marcado para estrear nos cinemas em 15 de outubro, 2021, mas com o fechamento da Broadway, por conta do COVID-19, o lançamento foi adiantado. Mesmo assim, o Walt Disney Studios se comprometeu em relançar o filme nos cinemas em busca de encantar mais pessoas com uma das peças mais revolucionárias de seu gênero.
Essa não foi a primeira vez que Lin-Manuel cativou o público. Anos antes, o musical “In The Heights” se estabeleceu como uma produção de sucesso e foi o grande responsável por alavancar a carreira do talentoso artista. Uma adaptação da obra seria lançada nos cinemas em junho deste ano, mas por conta da pandemia foi adiada para 2021.
Miranda também é uma das mentes brilhantes responsáveis pela trilha sonora da animação da Disney, “Moana”, e já revelou que está atualmente produzindo um novo filme animado do estúdio ao lado dos produtores de “Zootopia” e “Moana” para contar uma história que se passa na Colômbia.
Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital
Foto: zaozaa09 / Freepik
A internet pode ser um meio de consumo de conteúdo – em diversas formas – bastante passiva para algumas pessoas, e ativa para outras. Alguns gostam de se posicionar ou se sentem praticamente “forçados” a interagir com o que leem ou veem, tamanha é a força que o conteúdo postado tem, e a necessidade de fazer a própria voz ser ouvida.
Mas também é muito fácil e cômodo rolar a timeline por textos, fotos e vídeos, por exemplo, sem clicar em nada, sem curtir, comentar, salvar ou compartilhar o conteúdo. O engajamento pode ser difícil de se conseguir. É um processo de conquista, quase um date que tem que dar match entre marca e o público. No entanto, fazer com que aconteça o envolvimento do consumidor com as branding, criar a conexão é o que vai desenvolver a identificação e a confiança do cliente em uma empresa. E aí, se o resto do trabalho for bem feito, a recompensa vai além do aumento da exposição de uma marca nas redes ou do reconhecimento do público. A chance de gerar receita também cresce.
Há séculos, literalmente, o conteúdo é usado para criar relações. Não importa agora se estamos falando do anual Poor Richard’s Almanack, de Benjamin Franklin, publicado em 1732, de cartas ou poemas, dos HQs, de livros, de peças publicitárias, jornais, revistas, blogues ou redes sociais. Mas em algum momento nesses anos o conteúdo estratégico virou figura importante de fato para as empresas. E seus produtores ganharam um merecido lugar ao sol.
Os tempos mudaram, a tecnologia avançou, se tornou essencial para os negócios com os dados que revela e contribui ativamente para a construção de um bom conteúdo. Ainda assim, é difícil para algumas empresas entenderem seu público. Talvez, falte uma abordagem mais pessoal, ao vivo, em que seja possível obter feedbacks reais. Aquele olho no olho, sabe? Afinal, se estamos vivendo tempos em que as empresas se preocupam cada vez mais com a experiência do usuário, fazer isso é uma maneira de conhecê-lo melhor e de mostrar que se importam. Criar relação é um goal!
Entretanto, é preciso ter em mente que nenhuma audiência é estática. Os consumidores têm diversos interesses, objetivos e experiências, e eles mudam o tempo todo. Conhecer o público atual de uma empresa ou o público que ela deseja alcançar é uma missão que nunca termina. E, para a comunicação ser eficaz, os produtores de conteúdo precisam acertar no tom e usar as várias estratégias da área para atingir os objetivos no tempo e na plataforma desejados pela empresa. É um desafio e tanto!