Campanhas de Natal de um ano atípico

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital
Foto:Toni Cuenca from Pexels

Diversas campanhas de Natal esse ano estão diferentes. Muito emotivas e nostálgicas. Como tudo em 2020, elas refletem mudanças, transformações necessárias, afinal, para muita gente, nem o Natal será como o de anos passados. Mas também é valido olhar o momento pelo ângulo comercial: muitas empresas estão apostando em vender conteúdo, e não produtos diretamente, para conquistar o coração do público.

Algumas marcas encorajaram a sustentabilidade por meio do conserto de um casaco velho, em vez da compra de um novo, como é o caso da Barbour (que aproveita para reforçar a qualidade de suas peças). Outras, como a Zalando, usaram muito bem o conteúdo emotivo para atingir seu alvo, com uma estratégia que vai rodar por toda a Europa.

As redes de supermercados ingleses também lançaram campanhas emotivas. A do Tesco diz que não há como considerar travessuras este fim de ano, enquanto a do Sainsbury’s apresenta uma família negra curtindo o Natal em um ano de episódios tão trágicos reportados no mundo todo. Seguindo a mesma linha de luta social, a The Body Shop está ajudando, com a sua campanha, a aumentar a conscientização sobre o número de mulheres sem-teto. Sem dúvida, para este ano não há outra saída para a publicidade que não seja a de anúncios emotivos.

Selecionei as três campanhas de que mais gostei até agora para compartilhar com vocês: Disney, Boots e John Lewis. A campanha da Disney desse ano tem o tema “From Our Family To Yours” (Da Nossa Família para a Sua, em português), e conta a história de uma avó, sua neta e as tradições da família que as unem ao longo dos anos. A animação vai rodar em 29 países e algumas lugares da Ásia, e marca os 40 anos de parceria com a Make-A-Wish, uma instituição de caridade infantil.

Campanha de Natal 2020 da Disney: From Our Family To Yours.

Para quem quiser contribuir de alguma forma com os propósitos dessa campanha, em favor da Make-A-Wish, a Disney disponibilizou algumas maneiras:

  • O Mickey Mouse de edição limitada apresentado na animação pode ser comprador nas lojas da Disney;
  • A música tema pode ser baixada (Love Is a Compass) até 31 de dezembro com 100% da renda doada para a instituição;
  • Os fãs da Disney que acessarem o Facebook, o Instagram ou o Twitter para compartilhar suas próprias memórias festivas do passado ou do presente usando #LoveFromDisney farão a empresa doar $ 1USD para a instituição (até $ 100.000).

A campanha da Boots é centrada em ações de gentileza. Com o tema “What the World Needs Now” (Do que o mundo precisa agora, em português), a marca reconhece que foi um ano atípico, e atitudes de cuidado e bondade são o que mais precisamos.

Por isso, a Boots vai doar produtos básicos de higiene no valor total de £ 1 milhão para o The Hygiene Bank, para algumas das milhões de pessoas no Reino Unido que vivem na linha da pobreza. A empresa também está convidando seus clientes a doar itens de higiene para apoiar os mais necessitados neste Natal.

Campanha de Natal 2020 da Boots: What the World Needs Now.

A campanha da John Lewis desse ano foi inspirada pela resposta dos britânicos à pandemia e pelos gestos de bondade que surgiram nas comunidades. A John Lewis e sua parceira Waitrose propuseram um tema de caridade em vez de presentes por meio da “Give a Little Love” (Dê um Pouco de Amor, em português). A campanha visa arrecadar £ 4 milhões para duas instituições de caridade: a FareShare, que dá suporte aos que enfrentam a fome, e a Home-Start, para pais e mães que precisam de apoio.

Campanha de Natal 2020 da John Lewis: Give a Little Love.

Disney+ finalmente chega ao Brasil, mas decepciona

Por Renata Kurisu
Especialista em Conteúdo

Um ano após o lançamento oficial da Disney+ em diversos países, a plataforma chega em terras brasileiras para a alegria dos fãs do mega estúdio. Com marketing pesado e parceria realizada com inúmeras empresas, o streaming começou a funcionar em 17 de novembro – disponível em aplicativos de smartphones, tablets, televisões e navegadores de computador. Os espectadores agora têm mais uma opção de entretenimento para aproveitar, além de convidar os maníacos da Disney para uma imersão ainda maior dentro das produções originais.

A série-documentário “A História do Imagineering”, por exemplo, leva a todos para o universo criado e idealizado por Walt Disney com seus parques de diversões e as expansões realizadas ao longo dos anos. Em apenas seis episódios de 1h, o público acompanha em ordem cronológica como surgiram as ideias e como elas foram colocadas em prática em uma grande viagem ao redor do mundo – saindo da Califórnia, indo para a Flórida, depois Japão, França e China. Os bastidores nunca pareceram tão charmosos!

Outra indicação é a série documentário “Conhecendo as Esculturas e Modelagens dos Filmes” que mostra como funciona a criação das peças por trás de “Mary Poppins”, “Tron”, “O Estranho Mundo de Jack”, “Piratas do Caribe” e “As Crônicas de Nárnia”, por exemplo.

Entretanto, nem tudo são flores, pois as redes sociais inundaram as contas da plataforma para perguntar porque algumas obras estavam sem opção de escolha de legenda em português. Afinal, ao entrar no mercado brasileiro essa é a ferramenta principal para que os assinantes possam aproveitar o catálogo.

A maior reclamação foi quanto ao aguardado musical “Hamilton”, que muitos esperavam apresentar a suas famílias. A nota oficial dizia que por ‘decisões criativas’ ele não tinha disponível nem dublagem nem legenda. Claro que as reações não foram positivas e as pessoas decidiram tomar um outro caminho ao encher o criador da peça, Lin-Manuel Miranda, com mensagens explicando o ocorrido.

Lin, obviamente, notou que a recepção tinha sido problemática e foi ao Twitter dar sua explicação em português: “Sim! Estamos trabalhando com legendas em português e espanhol (e outros idiomas). Lamento que não tenham ficado prontos a tempo, me sinto péssimo. Mas estamos trabalhando nisso!”. Alguns questionaram o motivo na demora já que esse foi um filme gravado em 2016 e lançado em 3 de julho de 2020.

Outro questionamento foi a escolha do streaming em lançar certas animações apenas com dois episódios quando todos estão cientes de que elas estavam completas e em temporadas mais avançadas. Ao que tudo indica, a empresa correu para chegar ao Brasil, mas falhou em preparar seus produtos para atender a demanda.

Como criar ou vender conteúdo?

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital
Foto: bantersnaps on Unsplash

Muita gente quer criar ou já cria conteúdo para a web hoje em dia. Mas, certamente, um grande número de produtores se pergunta sobre o que o público gostaria de saber.

O tipo de conteúdo que você vai criar depende das necessidades do público que você quer atingir. E mais: se a sua intenção for vender conteúdo, vai depender também da posição em que o seu possível alvo se encontra no funil de vendas.

A primeira coisa a se fazer é criar a persona que representa a audiência que você quer atrair. Existem sites que oferecem templates de personas, gratuitos, para ajudar nesse processo. Basicamente, o que você tem de fazer é listar os objetivos do seu público, as dificuldades que ele enfrenta, a rotina que vive, seu perfil etc. O seu conteúdo deve ter o propósito de ajudá-lo a atingir objetivos e superar desafios.

Se a sua intenção é vender conteúdo, depois que você conquistar a confiança do seu público, vai precisar pensar se ele está pronto para avançar. É essencial analisar as etapas do funil de vendas e fazer o mapeamento de conteúdo (que é o seu produto).

Ao fazer isso, vai conseguir ser mais objetivo e ter uma ideia real da situação. Não se esqueça de analisar, principalmente, três pontos:

  • As características do seu público;
  • A disponibilidade para realizar uma compra;
  • O formato do seu conteúdo.

Existem diversos formatos de conteúdo: texto, vídeos, e-books, pesquisas, webinars, infográficos etc. O desempenho do seu conteúdo irá variar de acordo com o formato que você escolher, pois cada um deles performa de um jeito dependendo da mídia escolhida e da posição do público-alvo no funil de vendas.

Quer saber mais? Na Black Friday lançaremos um e-book sobre Como ser um Produtor de Conteúdo, com os detalhes e as dicas mais importantes reunidas de maneira objetiva para você ter sucesso!

“The Mandalorian” está repleto de ação em sua segunda temporada

Por Renata Kurisu
Especialista em Conteúdo

A nova temporada de “The Mandalorian” foi lançada dia 30 de outubro pela Disney+ e promete agitar as sextas-feiras dos fãs da saga Star Wars pelas próximas semanas – já que o streaming vai contra a onda de liberar toda a produção de uma vez e prefere liberá-la semanalmente.

Os dois primeiros episódios de oito já foram lançados e continuam alimentando o hype que a série criou em seu lançamento em 2019. O Mandaloriano agora parte em uma jornada para encontrar outros de seu credo e, assim, conseguir entender o que fazer com a pequena criaturinha a quem se afeiçoou com o passar do tempo.

A Criança, ou carinhosamente chamada pelo público como Baby Yoda, continua sendo a responsabilidade principal de Mando e rouba a cena sempre que aparece. Enquanto o primeiro episódio é mais humilde em mostrá-lo, o segundo investe no pequenino para diminuir a tensão do público para os acontecimentos da telinha.

Apesar de seu aparecimento na série ter sido envolvido em muito mistério para que não houvesse vazamento de informações e os produtores conseguissem impactar os espectadores em sua primeira cena, o amor por Baby Yoda só cresce cada vez que ele surge. Não só isso, os fãs ficam ainda mais empolgados por verem o comprometimento do protagonista em tentar manter esse neném sempre protegido.

Afinal, o que mais tem na trama é gente querendo roubá-lo e matá-lo. Isso tudo em sequências incríveis de perseguição, tiro e lutas.

O bom é que a segunda temporada continua trabalhando para trazer elementos já conhecidos da franquia de cinema, se dedica em resgatar personagens criados nos anos 70 e que nunca foram apresentados, e convida diferentes atores para participarem de algumas histórias.

É o caso do personagem Cobb Vanth, interpretado por Timothy Olyphant, que chama a atenção por ir contra tudo que o Mandaloriano acredita. O ator acabou roubando a cena, conquistando o público em sua pequena participação e confirmando que só coisas boas saem de um bom roteiro e boa direção combinados com talentos de peso.

Quando a Disney recebeu a proposta de produzir “The Mandalorian”, ela imaginou que a produção faria sucesso, mas jamais suspeitou que a série conseguiria roubar a atenção do último filme da franquia de Star Wars – “A Ascensão Skywalker”. Essa foi uma aposta que fugiu do controle de forma positiva e que já está rendendo outros frutos.

Existem rumores de que um spin-off sobre o icônico Boba Fett, personagem que apareceu em “O Império Contra-Ataca” e o “Retorno de Jedi”, pode acontecer por conta do enredo de “The Mandalorian”. Agora é aguardar os próximos capítulos e as novidades que estão por vir!