As campanhas de marketing e as vacinas contra Covid-19

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital
Foto: Freepik

As notícias de algumas vacinas já aprovadas e sendo usadas contra a Covid-19 são mesmo fantásticas. Ainda mais levando-se em conta o tempo recorde de desenvolvimento e pesquisa em que a indústria farmacêutica realizou todo o processo. Mas a luta está apenas começando, já que parte da população mundial está seguindo o movimento antivacina. O que será que faz pessoas – que provavelmente foram vacinadas na infância – desacreditarem dos benefícios das vacinas? Algum contexto religioso ou cultural em relação aos seus ingredientes? O que mais desafia o fim da pandemia? E o que as agências de marketing podem fazer para incentivar a população a se vacinar?

No ano passado, a OMS ranqueou a escolha por não tomar vacinas entre as top 10 ameaças à saúde global. Uma pesquisa recente da Ipsos Mori sobre a Covid-19, feita em 15 países, revelou que a negação da vacina alcança, em média, 27% da população mundial. A pesquisa mostra ainda a queda na intenção de vacinação, entre agosto e outubro de 2020, em países como China, Brasil, Austrália e Espanha.

Esse cenário evidencia que o esforço de alguns governos e agências de saúde em informar e explicar a importância da vacinação pode não ser suficiente. Alguns estudos sugerem que apenas 60% da população mundial de fato tomaria a vacina contra o Coronavírus, mas especialistas dizem que, para acabar com a pandemia, 70%, no mínimo, deve ser vacinada.

Entretanto, outro desafio à vacina é a própria indústria farmacêutica. Sem dúvida, a necessidade de uma vacina contra o Covid-19 provocou uma corrida pela vida, mas também por rentabilidade e exposição da marca. Para tentar minimizar a tensão em cima de como as farmacêuticas ganham dinheiro, a Pfizer lançou a campanha “Science will win” (A ciência vai vencer), que mostra funcionários trabalhando noite adentro, tendo o narrador ao fundo dizendo que “a comunidade científica global está trabalhando em conjunto para vencer isso. Quando a ciência vence, todos nós vencemos.”

Ao mesmo tempo em que a ciência faz a sua parte, muitas agências de marketing que atuam em saúde estão trabalhando junto à OMS em estratégias de comunicação que incluem storytelling e influenciadores, desde celebridades do cinema e do show business até os digitais. Por meio de pessoas em quem o público confia, as campanhas tentam incentivar a vacinação e sensibilizar para a necessidade de lavar as mãos e usar os produtos para higienização corretamente. Um trabalho cuidadoso, para comunicar da melhor maneira o que deve ser feito.

Pesquisas indicam que, com as medidas de higiene adotadas até agora, já houve redução nos registros de contaminação por bactérias e pelo vírus da gripe. Logo, se as vacinas contra o Coronavírus estiverem disponíveis globalmente, o fim da pandemia vai depender da escolha das pessoas de tomarem ou não. A vacina é um produto. E é por isso que a indústria está aprendendo a tratar o indivíduo não como paciente, mas como consumidor, que escolhe o que acha melhor para si próprio.  

Para que a campanha de vacinação funcione, a abordagem deve fazer entender que a vacina é essencial para o bem-estar coletivo, não só individual. Faz parte do que chamam de medicina preventiva, quem toma não está doente, mas toma para evitar pegar uma doença e sentir as sequelas, e transmitir aos outros. Foi assim durante séculos de vacinas bem-sucedidas, que erradicaram doenças gravíssimas do mundo. Porém, as vacinas só funcionam quando grande parte da população as toma. E as pessoas só tomam vacina quando confiam nela. No caso das vacinas contra a Covid-19, as campanhas de marketing terão de atuar junto às agências de saúde na construção da confiança do consumidor, para que tenham o efeito desejado: o fim da pandemia.  

Campanhas de Natal de um ano atípico

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital
Foto:Toni Cuenca from Pexels

Diversas campanhas de Natal esse ano estão diferentes. Muito emotivas e nostálgicas. Como tudo em 2020, elas refletem mudanças, transformações necessárias, afinal, para muita gente, nem o Natal será como o de anos passados. Mas também é valido olhar o momento pelo ângulo comercial: muitas empresas estão apostando em vender conteúdo, e não produtos diretamente, para conquistar o coração do público.

Algumas marcas encorajaram a sustentabilidade por meio do conserto de um casaco velho, em vez da compra de um novo, como é o caso da Barbour (que aproveita para reforçar a qualidade de suas peças). Outras, como a Zalando, usaram muito bem o conteúdo emotivo para atingir seu alvo, com uma estratégia que vai rodar por toda a Europa.

As redes de supermercados ingleses também lançaram campanhas emotivas. A do Tesco diz que não há como considerar travessuras este fim de ano, enquanto a do Sainsbury’s apresenta uma família negra curtindo o Natal em um ano de episódios tão trágicos reportados no mundo todo. Seguindo a mesma linha de luta social, a The Body Shop está ajudando, com a sua campanha, a aumentar a conscientização sobre o número de mulheres sem-teto. Sem dúvida, para este ano não há outra saída para a publicidade que não seja a de anúncios emotivos.

Selecionei as três campanhas de que mais gostei até agora para compartilhar com vocês: Disney, Boots e John Lewis. A campanha da Disney desse ano tem o tema “From Our Family To Yours” (Da Nossa Família para a Sua, em português), e conta a história de uma avó, sua neta e as tradições da família que as unem ao longo dos anos. A animação vai rodar em 29 países e algumas lugares da Ásia, e marca os 40 anos de parceria com a Make-A-Wish, uma instituição de caridade infantil.

Campanha de Natal 2020 da Disney: From Our Family To Yours.

Para quem quiser contribuir de alguma forma com os propósitos dessa campanha, em favor da Make-A-Wish, a Disney disponibilizou algumas maneiras:

  • O Mickey Mouse de edição limitada apresentado na animação pode ser comprador nas lojas da Disney;
  • A música tema pode ser baixada (Love Is a Compass) até 31 de dezembro com 100% da renda doada para a instituição;
  • Os fãs da Disney que acessarem o Facebook, o Instagram ou o Twitter para compartilhar suas próprias memórias festivas do passado ou do presente usando #LoveFromDisney farão a empresa doar $ 1USD para a instituição (até $ 100.000).

A campanha da Boots é centrada em ações de gentileza. Com o tema “What the World Needs Now” (Do que o mundo precisa agora, em português), a marca reconhece que foi um ano atípico, e atitudes de cuidado e bondade são o que mais precisamos.

Por isso, a Boots vai doar produtos básicos de higiene no valor total de £ 1 milhão para o The Hygiene Bank, para algumas das milhões de pessoas no Reino Unido que vivem na linha da pobreza. A empresa também está convidando seus clientes a doar itens de higiene para apoiar os mais necessitados neste Natal.

Campanha de Natal 2020 da Boots: What the World Needs Now.

A campanha da John Lewis desse ano foi inspirada pela resposta dos britânicos à pandemia e pelos gestos de bondade que surgiram nas comunidades. A John Lewis e sua parceira Waitrose propuseram um tema de caridade em vez de presentes por meio da “Give a Little Love” (Dê um Pouco de Amor, em português). A campanha visa arrecadar £ 4 milhões para duas instituições de caridade: a FareShare, que dá suporte aos que enfrentam a fome, e a Home-Start, para pais e mães que precisam de apoio.

Campanha de Natal 2020 da John Lewis: Give a Little Love.

Como criar ou vender conteúdo?

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital
Foto: bantersnaps on Unsplash

Muita gente quer criar ou já cria conteúdo para a web hoje em dia. Mas, certamente, um grande número de produtores se pergunta sobre o que o público gostaria de saber.

O tipo de conteúdo que você vai criar depende das necessidades do público que você quer atingir. E mais: se a sua intenção for vender conteúdo, vai depender também da posição em que o seu possível alvo se encontra no funil de vendas.

A primeira coisa a se fazer é criar a persona que representa a audiência que você quer atrair. Existem sites que oferecem templates de personas, gratuitos, para ajudar nesse processo. Basicamente, o que você tem de fazer é listar os objetivos do seu público, as dificuldades que ele enfrenta, a rotina que vive, seu perfil etc. O seu conteúdo deve ter o propósito de ajudá-lo a atingir objetivos e superar desafios.

Se a sua intenção é vender conteúdo, depois que você conquistar a confiança do seu público, vai precisar pensar se ele está pronto para avançar. É essencial analisar as etapas do funil de vendas e fazer o mapeamento de conteúdo (que é o seu produto).

Ao fazer isso, vai conseguir ser mais objetivo e ter uma ideia real da situação. Não se esqueça de analisar, principalmente, três pontos:

  • As características do seu público;
  • A disponibilidade para realizar uma compra;
  • O formato do seu conteúdo.

Existem diversos formatos de conteúdo: texto, vídeos, e-books, pesquisas, webinars, infográficos etc. O desempenho do seu conteúdo irá variar de acordo com o formato que você escolher, pois cada um deles performa de um jeito dependendo da mídia escolhida e da posição do público-alvo no funil de vendas.

Quer saber mais? Na Black Friday lançaremos um e-book sobre Como ser um Produtor de Conteúdo, com os detalhes e as dicas mais importantes reunidas de maneira objetiva para você ter sucesso!

Por que as marcas estão se tornando Publishers (e você deve fazer o mesmo se puder)?

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital

Quase todo mundo hoje em dia é um tipo de escritor. Graças às redes sociais e aos blogues muitas pessoas se sentem confortáveis para expor suas ideias, suas histórias. Ao mesmo tempo, do outro lado, está a audiência que consome todo esse conteúdo produzido. E esse público que consome conteúdo se interessa pelo que lhe agrega valor, faz sentido, surpreende, encanta, faz sentir. Quando existe a comunicação entre o que é dito de um lado e o que é esperado do outro, as pessoas começam a ser influenciadas sem perceber, afinal, o processo de identificação e de confiança foi estabelecido.

E nessa conjuntura que se formou, as marcas têm um grande espaço a explorar. Empresas precisam aprender a desenvolver o pensamento de um editor, a ganhar a atenção do consumidor sendo menos marca e mais editor. Mesmo que seja preciso capacitar as equipes internas e escolher os parceiros certos para o desenvolvimento de conteúdo assertivo. É desafiador? Sim, mas tanto na vida pessoal quanto nos negócios não se ganha muito ficando em zonas de conforto, certo?

Muitas empresas há anos desenvolvem o conceito de marketing de conteúdo, compartilhando informações valiosas com seu público, para atrair atenção, gerar leads, concretizar vendas e construir a credibilidade da marca. Mas qual é a diferença entre fazer o marketing de conteúdo e o brand publishing? Será que qualquer empresa pode usar a estratégia de brand publisher? Bom, não é tão simples assim.

Brand-Publishing-by-IMPACT
Brand Publishing by IMPACT

As brand publishers são as empresas e marcas que enxergam no conteúdo um produto. O conteúdo em si é um negócio, com capacidade de gerar um alto volume de receita. No entanto, construir narrativas consistentes, reunir imagens e vídeos significativos, criar subprodutos que se relacionem e conquistem o público leva tempo, o sucesso não acontece da noite para o dia. Por isso, para que essa estratégia possa ser implementada dentro de uma empresa, é necessário que ela esteja equilibrada, organizada e financeiramente tranquila. Se não, é melhor optar por um modelo de parceria com agências que desenvolvam essa abordagem.

Eu poderia citar diversos cases de sucesso de empresas que utilizam muito bem o conteúdo, mas vou falar apenas das três brand publishers que mais me chamaram a atenção nos últimos anos. Uma delas é a americana Away, uma empresa de bagagens que vende muito mais do que malas desde 2015. Ela criou um podcast de viagem e uma revista on-line, um guia gratuito (Here) com fotos e dicas de viajantes, e ainda vem mais subproduto ano que vem.

Quando a conheci, naveguei pelo site por um bom tempo. Não só para analisar, mas porque me chamou a atenção mesmo. Olhei as malas (bonitas), fui para a página do Here, li sobre as viagens, senti vontade de conhecer diversos lugares. Gostei da experiência no site e seria uma cliente, se precisasse de uma mala. Mas, certamente, tudo o que a Away posta tem um propósito. Ela induz a experiências não ligadas diretamente à marca, mas que impulsionam a venda de suas malas e bolsas. Ela se tornou tão queridinha nos EUA e na Europa, que ganhou o apelido de “o vestidinho preto” das malas (mulheres entenderão :P) pela revista People em 2017.

Outro bom exemplo é a americana Kraft, uma das maiores no ramo de bebidas e alimentos do mundo. A empresa está presente em 98% dos lares nos EUA, começou sua estratégia de publicação há 24 anos e aproveita o conteúdo que produz para entender seus clientes. São longos anos de relacionamento, de conquista mantida, de criação de muito conteúdo de qualidade e consistência.

Por fim, a austríaca Red Bull. A empresa vende apenas um tipo de produto, mas soube aproveitar como poucas os benefícios do conteúdo bem produzido. Com a criação, em 2005, da The Red Bulletin, plataforma que reúne revista on-line, produções de vídeo etc., a Red Bull vinculou seu produto a temas que fazem parte do gosto da grande maioria da população mundial: saúde, viagem, aventura e cultura. Entrou no mercado de patrocínio de atletas e equipes, e consegue inspirar, despertar emoções, instigar e brincar com certas ideias por meio do slogan “Te dá asas”.

Os cases acima são fantásticos e servem de reflexão para empresas que precisam se reinventar. Cada vez mais as marcas estão sendo levadas a pensar em conteúdo e na sua divulgação, a dar atenção especial ao relacionamento que ele ajuda a criar, aos benefícios emocionais e financeiros que ele traz quando bem construído. Se uma empresa cria uma boa estratégia de relacionamento entre marca e público, ela se torna relevante para o consumidor. E, em um momento em que cerca de 70% das marcas poderiam desaparecer sem fazer a mínima falta (pesquisa da Havas), é fundamental repensar estratégias e cuidar bem do que foi conquistado. 

O que Faz Marcas, Produtos e Serviços Relevantes? – Brasil

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital
Foto: Karolina Grabowska from Pexels

Chegamos aos resultados finais da nossa pesquisa sobre “O que Faz Marcas, Produtos e Serviços Importantes para Você”. Analisamos o comportamento dos consumidores em Portugal, Espanha e Reino Unido, e agora compartilhamos as escolhas dos consumidores no Brasil.  

A preferência de compra e recompra dos brasileiros é majoritariamente ligada ao compromisso que a marca tem com os cidadãos. Para 58,55% dos respondentes, uma marca é incrível se entrega o que promete (o preço é importante para 13,91% das pessoas). Já para 20,39% das pessoas, o bem-estar que um produto ou uma marca proporcionam à sociedade é mais importante do que uma vantagem pessoal.

Sem dúvida, a escolha por benefícios coletivos, como ser ecológico e sustentável, mostra uma grande mudança na decisão de compra do consumidor brasileiro que, assim como o europeu, começa a entender a sua parcela de responsabilidade na transformação do mundo. No entanto, compras que possam beneficiar diretamente a economia do país de alguma forma não norteiam as escolhas dos consumidores.

Sobre onde pesquisam os produtos ou serviços que desejam antes de comprar, os sites ranqueados nos buscadores da internet são a referência para 84.21% dos brasileiros, seguido pela indicação de amigos e familiares (50.56%), e pelas redes sociais (37.50%). Um dado que chama a atenção é a perda de poder dos meios de comunicação tradicionais, como TV, rádio, jornais e revistas, que têm influência sobre apenas 3,29% dos respondentes.

Mais do que um grande meio de entretenimento, a internet ganhou papéis importantíssimos para o consumidor ao longo dos anos. Tornou-se lugar de fala, de troca constante, de venda, de referências boas e más. A confiança que os usuários têm no que é compartilhado e o hábito de usar a web para praticamente tudo no dia a dia é cada vez maior.

É inegável que os negócios também estejam sendo atingidos por essa onda digital. A presença de produtos ou serviços nesse mercado tem se mostrado essencial para a construção do relacionamento entre marcas e clientes, e para o aumento de vendas. Quem ainda não entrou no mercado digital precisa repensar, com urgência, a sua estratégia ou corre o risco de desaparecer da mente do consumidor.

O que Faz Marcas, Produtos e Serviços Relevantes? – Europa

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital 
Foto:Charles Etoroma on Unsplash

Fizemos uma pesquisa sobre “O que Faz Marcas, Produtos e Serviços Importantes para Você”, para os consumidores no Brasil e em Portugal, Espanha e Reino Unido. Já temos os resultados do comportamento do consumidor europeu ou que vive na Europa, e vamos compartilhar com vocês as análises.

No geral, o resultado nos mostra que, cada vez mais, existe a preocupação com o coletivo. O benefício de um produto ou serviço para a sociedade vem sendo mais importante do que o benefício pessoal que eles possam trazer. Isso evidencia uma grande transformação no padrão de comportamento, de decisão de compra do consumidor: a responsabilidade de melhorar a vida da sociedade não está só nas mãos dos governos, mas também nas empresas e nas escolhas de cada cidadão.

Sobre o que faz uma marca ser incrível, 53.37% dos respondentes disseram que o produto ou o serviço deve ser compatível com o que promete, porém mais uma vez foram citados benefícios coletivos como atributos importantes para 23.60%. Já o preço que os consumidores aceitam pagar por eles está mais subjetivo. O preço baixo não é o grande fator decisório de compra e compete com a melhoria de qualidade de vida das pessoas para 15.17% das pessoas.

A pesquisa mostrou também que a relevância das marcas presentes na mente dos consumidores está em xeque. Atualmente, 64.97% das pessoas sentiriam falta de apenas 1 a 5 marcas de produtos que utilizam, caso elas desaparecessem. É um número muito pequeno de empresas e fabricantes relevantes para esses consumidores, comparado à quantidade existente no mercado. E mais: cerca de 3% das pessoas diz que não sentiria falta de nenhuma marca que costuma usar, caso elas deixassem de existir.

Mas onde os consumidores encontram os produtos ou serviços que desejam? Antes de efetuar uma compra, 79.78% das pessoas procura informações nos sites que aparecem nos rankings de buscadores. A resenha disponível na internet chega a ser mais relevante do que a opinião de amigos e familiares (50.56%), e também do que é publicado nas redes sociais (28.65%).

A presença no mercado digital é cada vez mais importante para o relacionamento entre marcas e clientes, e para o aumento de vendas. Quem ainda não expõe seus produtos ou serviços na internet precisa repensar, com urgência, a sua estratégia ou corre o risco de desaparecer da mente do consumidor.

Conhece o seu público-alvo?

Por Isabel Diniz
Especialista em Conteúdo e UX Writer
Foto: tirachard / Freepik 

À medida que há cada vez mais usuários de mídia digital, as empresas sentem necessidade de estar presentes nesse segmento também. E as agências de mídia engajadas com o sucesso de seus clientes sabem que é preciso usar dados personalizados para atingir os consumidores da maneira que as empresas desejam, sem deixar de fora a avaliação de dados provenientes das redes sociais, do público-alvo. E será que as empresas conhecem mesmo a sua audiência? Existe demanda para o que a empresa quer vender?

É imprescindível que a empresa conheça bem o seu público, mas não só isso. É preciso entender como ele se relaciona com a sua marca. A palavra-chave nesse quesito é: pesquisa. Pesquisar sobre seu consumidor, do que ele gosta, seus hábitos de compra, identificar o que ele busca ao optar pela sua marca dentre todas as outras é o que vai direcionar você para um conteúdo relevante e criar engajamento com o público.

Onde encontrar o seu público-alvo

Algo bastante comum entre as empresas é achar que para ter uma boa presença on-line é necessário estar em todas as redes sociais, mas isso é um engano. Da mesma forma que é preciso saber para quem você está vendendo, é importantíssimo saber onde encontrar as pessoas para quem você quer vender.

Se o seu público é mais velho, não há razão para ter uma conta no TikTok, por exemplo. Sua audiência não vai estar lá. Não adianta nada criar conteúdos incríveis se ninguém vai interagir com a sua marca. Uma grande vantagem das redes sociais é que você pode analisar quais plataformas trazem maior resultado e investir naquelas que de fato têm condições de dar o melhor retorno.

Como falar com o seu público-alvo

Você já sabe quem é seu público e já sabe onde encontrá-lo. Mas você sabe conversar com ele? Cada rede social exige um tom diferente, e é necessário distingui-lo em seus posts. Pode ser mais informal? Pode ter piadinhas? Ou a formalidade é que se encaixa melhor?

Em cada post, nunca se esqueça de com quem você está conversando. Usar uma linguagem com a qual o seu público-alvo se identifica faz com que você estabeleça conexões emocionais muito mais facilmente e de forma natural.

Gestão de mídias sociais: a importância de estar presente e de se destacar

Por Isabel Diniz
Especialista em Conteúdo e UX Writer 
Arte: Vectorarte / Freepik

Quem acha que mídias sociais servem apenas para postar textos, fotos e vídeos precisa urgentemente rever seus conceitos. As redes sociais estão aí para serem usadas, e cada vez mais as empresas enxergam o potencial de venda que elas têm. Porém, nada funciona se não houver uma boa estratégia por trás. Estar presente nas redes sociais já não é nenhum diferencial, então, o que se pode fazer para transformar o comum em algo extraordinário?

Com o acesso da internet à grande massa, a forma como as pessoas se conectam e se relacionam mudou, e as redes sociais foram o trampolim para que essa relação se fortalecesse. Dessa forma, essas plataformas facilitaram o encontro de pessoas que compartilham dos mesmos interesses, ideais e experiências, através de conversas, vídeos, fotografias, textos etc.

A internet tornou muita coisa possível, inclusive a aproximação – de forma nunca antes vista – entre as empresas e seus consumidores, expandindo o alcance das marcas e fortalecendo a relação entre eles. Por outro lado, os consumidores começaram a ficar mais atentos ao que as empresas fazem por eles e para eles e, da mesma forma que são cativados em um momento, podem simplesmente abandoná-la em outro. E é por isso que fazer uma boa gestão das redes sociais pode ser um diferencial de peso na hora de manter o cliente e conseguir novos usuários.

A importância da boa gestão de mídias sociais

Quando as empresas exploram o mundo fora do escritório, e há um objetivo pré-definido do que se espera de determinada mídia, o trabalho digital fica bem mais fácil. As redes sociais são as janelas que as empresas utilizam para atrair o consumidor e fazê-lo conhecer melhor o seu negócio, além de serem potenciais canais de geração de leads. Portanto, divulgar conteúdo de qualidade é a chave para manter o cliente engajado e receptivo.

Por falar em geração de leads, é superimportante que a empresa saiba se relacionar com eles. Fazer posts repetitivos, sem conteúdo relevante e sem frequência definida são erros comuns que fazem com que os usuários percam o interesse ou não deem credibilidade ao negócio. Entenda que nas redes sociais o conteúdo é muito mais importante do que falar sobre seus produtos ou serviços. E ter uma presença ativa gera autoridade!

Quando se ganha autoridade, o ciclo flui:

Fluxo

Como fazer a gestão das redes sociais

Agora que você já sabe que as redes sociais são excelentes ferramentas para impulsionar os seus negócios, e supondo que você já conhece seu público, chegou a hora de arregaçar as mangas e colocar a mão na massa. É necessário seguir alguns passos básicos, porém essenciais para ter sucesso.

Redes Sociais

Estratégia

Aqui iremos, novamente, usar e abusar dos objetivos que a empresa quer alcançar. Aumentar as vendas? Captar mais leads? Facilitar a comunicação com o cliente? Divulgar a marca? Independentemente da estratégia que se tem na cabeça, é necessário sempre ter um objetivo em comum, pois somente assim conseguirá criar boas ações e divulgá-las da melhor maneira. E lembre-se: nas redes sociais, se o seu objetivo comum mudar (e é bom que mude de tempos em tempos), você não precisa alterar tudo e começar do zero.

Conteúdo relevante

Conteúdo relevante é a chave para se conseguir fidelizar clientes. Mas quando falamos em conteúdo, não é apenas escrever um texto ou colocar uma foto bonita. Vai muito além. As redes sociais demandam que a empresa tenha conhecimento do seu público-alvo e saiba utilizar a plataforma em seu benefício. Com isso em mente, os profissionais de conteúdo conseguem desenvolver de forma criativa textos estratégicos que vão explorar os tópicos que mais atraem os consumidores, levando em consideração a premissa de cada rede social.

  • Instagram e o Pinterest são redes sociais mais visuais, por isso, fotos bonitas são essenciais. Capriche nelas.
  • O YouTube permite fazer vídeos de qualquer tema ou tipo. Pode ser de demonstração ou solução de problemas de produtos ou serviços, por exemplo, ou até mesmo vídeos institucionais. É um mundo de possibilidades, e a empresa ainda pode fazer uso de parcerias, tendo a ajuda de YouTubers para atrair novos usuários.  
  • O LinkedIn serve para a empresa criar mais autoridade, postando artigos em seu nicho, compartilhando posts referentes ao negócio e divulgando vagas.
  • O Twitter é muito bom para fazer pesquisas e criar enquetes, além de ser ótimo para treinar conteúdo interessante com poucas palavras.
  • O Facebook é ótimo para linkar posts de seu blog, fazer anúncios e compartilhar mais informações sobre um produto ou serviço.

Identidade visual

A identidade visual é importante por diversos motivos, como personalidade da marca e maior destaque no feed. Há algumas empresas fazem isso tão bem, que antes mesmo de lermos o nome da marca, já sabemos de quem se trata. A identidade visual encanta o cliente e deixa mais fácil o reconhecimento da marca.

Seja consistente

Não adianta nada fazer posts aleatórios, em dias aleatórios e com intervalos muito grandes. É necessário manter a constância e criar pautas editoriais, verificando a interação que terão com o público, qual os melhores horários para subir os posts e em quais redes sociais.

Não é preciso criar conteúdo todos os dias para todas as mídias, mas é importante fazê-los com recorrência, variando as redes. Assim você sempre terá conteúdo relevante para entregar e atingir os clientes.

Mas se for difícil executar essa rotina diariamente, você pode contar com o agendamento de posts. Há inúmeras ferramentas que facilitam esse trabalho, para que você fique livre para cuidar de outras funções da gestão de mídias, como a interação com os clientes, por exemplo.

Resultados, resultados, resultados

Você sabe que está fazendo uma boa gestão quando começa a ver os resultados positivos, mas como saber se o caminho está certo? Analisando os números.

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Saber se sua audiência está interagindo, se você está captando mais leads e até se seu ROI (Retorno sobre Investimento) está positivo são alguns dados importantes para se mensurar e entender se a sua empresa está investindo na rede social certa – e se está sendo feita a gestão correta. É possível que seus resultados sejam bem diferentes em cada mídia, portanto, não se esqueça que suas ações deverão ser diferentes para cada uma delas.

As ferramentas que podem ajudar a fazer uma boa gestão de mídias sociais

Por mais que se queira e tenha boa vontade, sozinho não se chega a lugar algum

Hoje em dia, há inúmeras ferramentas que podem ajudar você a fazer a gestão no dia a dia das redes sociais. Elas monitoram as atividades dentro da rede social, agendam os posts, medem o ROI, exibem anúncios e muito mais. Você só precisa identificar qual delas é a melhor para seu negócio, e avaliar se o custo cabe no seu bolso. Algumas bastante conhecidas são:

  • HootSuite: é compatível com mais de 35 redes sociais e oferece uma plataforma de treinamento para o uso da ferramenta;
  • Buffer: é bom para quem é iniciante em redes sociais e possui uma versão gratuita (limitada);
  • Hubspot: a plataforma permite que você não apenas monitore e publique, mas também obtenha dados de relatório de desempenho, verificando quais canais geraram leads e vendas.

E aí, pronto para dar o start?

Você já percebeu que gerir uma rede social não é dos trabalhos mais fáceis! Mas com comprometimento e conhecimento do seu público, é possível fazer dar certo. Aliás, se você ainda não conhece o seu cliente ou não tem certeza se está agindo da melhor forma com ele, veja algumas boas dicas neste outro artigo sobre público-alvo.

Se você já tem sua empresa nas redes sociais, responda a essa pergunta: elas estão dando o resultado que você gostaria?

E se você precisar de ajuda, nossa experiente equipe de conteúdo vai desenvolver a sua marca!

O sucesso e a ruína de uma marca

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital 
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É incrível o poder que as redes sociais mostram hoje em dia e o alcance que um post pode ter, mas o que fazer quando uma marca é atingida de forma negativa? Histórias reais vêm à tona e tornam-se virais em um piscar de olhos, como o caso envolvendo uma funcionária da Avon. Da mesma forma, temos consciência do estrago que fake news fazem e de como uma informação falsa é disseminada nas redes. 

O caso mais recente é o escândalo da Wayfair, uma loja de departamentos americana. Uma cliente indignada com os preços altos, em um post numa rede social, levantou a suspeita de tráfico de crianças. Isso mesmo. A cliente acha que a loja cobra preços muito altos por seus produtos da coleção WFX, então, a única coisa que justificaria os valores da Wayfair seria ela traficar crianças. O post foi:

“Is it possible Wayfair involved in Human trafficking with their WFX Utility collection? Or are these just extremely overpriced cabinets? (Note the names of the cabinets) this makes me sick to my stomach if it’s true 🙁 “

Bastou isso aparecer nas redes sociais para surgirem os “detetives” de plantão, avaliando os produtos da loja, os nomes dados a eles, e criarem suas linhas de investigação. Algumas pessoas foram a fundo, e disseram que o número de estoque dos produtos junto ao termo “src usa” no mecanismo de busca russo Yandex apresenta referências a crianças e à pedofilia, entretanto, segundo testes, isso é comum com qualquer sequência aleatória de números junto ao “src usa” nesse buscador. 

Os nomes de alguns produtos, por serem próprios, também foram apontados como possíveis “provas” pelos internautas. Isso porque alguns deles aparecem nas listas de crianças desaparecidas nos Estados Unidos. Bom, há que se mencionar que existem cerca de 800 mil crianças desaparecidas na América, segundo o National Center for Missing and Exploited Children. Diante de um número de tal dimensão, me parece muito fácil um nome daquela lista figurar em qualquer lugar: em outras crianças, em automóveis, em móveis, em roupas, em brinquedos… Muitas marcas dão nomes de pessoas a seus produtos. Até animais de estimação ganham nomes próprios.

A acusação foi bem grave, e até agora nada foi provado por quem de fato investiga crimes: a polícia. Porém, a mancha na marca já foi feita. A loja teve de se explicar, dizendo que os itens da coleção em questão são industriais, por isso o preço alto. Todos os equipamentos industriais são caros. Porém, o preço de alguns outros produtos, como travesseiros e cortinas também foi questionado pelos usuários. Isso me fez pensar em até que ponto uma marca tem autonomia para precificar seus produtos hoje em dia.

Lembrando os Ps do Mix de Marketing, o preço de um produto envolve muitas variantes: o custo de fabricação, os impostos, a distribuição, as comissões, a concorrência, a margem de lucro, a qualidade e como a marca quer se posicionar diante do mercado, por exemplo. Assim, a empresa precifica o produto, e o consumidor decide se o compra ou não, de acordo com a sua percepção de valor agregado. Mas e quando o cliente não enxerga o benefício ou duvida dele? A empresa deve se justificar? Baixar o preço? Na minha opinião, quando o cliente não percebe a qualidade de um produto há um grande problema para a marca, pois significa que a comunicação e o marketing não estão sendo feitos da maneira que deveriam para que os objetivos fossem atingidos.

No caso da Wayfair, a empresa ainda não “justificou” os preços de seus travesseiros e cortinas. Ela não é obrigada a fazer isso, mas considerando os dias de hoje e a velocidade que uma informação ganha é necessário fazê-lo. Acredito que sair de uma crise dessas, já instalada e disseminada pelas redes sociais não vai ser fácil, mas agir com transparência e agilidade na resposta ao público é sempre um bom começo.  

Os desafios do bom conteúdo

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital 
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A internet pode ser um meio de consumo de conteúdo – em diversas formas –  bastante passiva para algumas pessoas, e ativa para outras. Alguns gostam de se posicionar ou se sentem praticamente “forçados” a interagir com o que leem ou veem, tamanha é a força que o conteúdo postado tem, e a necessidade de fazer a própria voz ser ouvida.

Mas também é muito fácil e cômodo rolar a timeline por textos, fotos e vídeos, por exemplo, sem clicar em nada, sem curtir, comentar, salvar ou compartilhar o conteúdo. O engajamento pode ser difícil de se conseguir. É um processo de conquista, quase um date que tem que dar match entre marca e o público. No entanto, fazer com que aconteça o envolvimento do consumidor com as branding, criar a conexão é o que vai desenvolver a identificação e a confiança do cliente em uma empresa. E aí, se o resto do trabalho for bem feito, a recompensa vai além do aumento da exposição de uma marca nas redes ou do reconhecimento do público. A chance de gerar receita também cresce.

Há séculos, literalmente, o conteúdo é usado para criar relações. Não importa agora se estamos falando do anual Poor Richard’s Almanack, de Benjamin Franklin, publicado em 1732, de cartas ou poemas, dos HQs, de livros, de peças publicitárias, jornais, revistas, blogues ou redes sociais. Mas em algum momento nesses anos o conteúdo estratégico virou figura importante de fato para as empresas. E seus produtores ganharam um merecido lugar ao sol.

Os tempos mudaram, a tecnologia avançou, se tornou essencial para os negócios com os dados que revela e contribui ativamente para a construção de um bom conteúdo. Ainda assim, é difícil para algumas empresas entenderem seu público. Talvez, falte uma abordagem mais pessoal, ao vivo, em que seja possível obter feedbacks reais. Aquele olho no olho, sabe? Afinal, se estamos vivendo tempos em que as empresas se preocupam cada vez mais com a experiência do usuário, fazer isso é uma maneira de conhecê-lo melhor e de mostrar que se importam. Criar relação é um goal!

Entretanto, é preciso ter em mente que nenhuma audiência é estática. Os consumidores têm diversos interesses, objetivos e experiências, e eles mudam o tempo todo. Conhecer o público atual de uma empresa ou o público que ela deseja alcançar é uma missão que nunca termina. E, para a comunicação ser eficaz, os produtores de conteúdo precisam acertar no tom e usar as várias estratégias da área para atingir os objetivos no tempo e na plataforma desejados pela empresa. É um desafio e tanto!