Mulan decepciona fãs, mas surpreende no Disney+

Por Renata Kurisu
Especialista em Conteúdo

O live-action de Mulan estreou dia 4 de setembro no Disney+ e dividiu a opinião de muitas pessoas. Querendo corrigir uns erros do passado que foram apresentados na animação, o estúdio estadunidense decidiu criar uma produção voltada para a China – considerado o segundo maior mercado cinematográfico do mundo.

Só que a inserção de novos personagens e um toque mágico na protagonista acabou deixando o público chinês decepcionado e afirmando que a versão animada era mais respeitosa à lenda original. A maior antagonista do filme é uma bruxa obstinada a mostrar sua força e provar que mulheres podem ter um papel importante.

A ideia pode ser interessante, mas em nenhum momento da história de Mulan ou da cultura chinesa bruxas desempenham papéis de destaque ou sequer existem. Sendo isso apenas mais um elemento da cultura ocidental inserido em um conto da China. Existem outros inúmeros problemas que foram levantados por portais de notícias e threads no Twitter por chineses e sino-americanos, por exemplo.

Os que não conhecem muito bem sobre o verdadeiro folclore da guerreira apontam que com altos e baixos, a produção entretém apesar de pecar em um detalhe importantíssimo: a ausência de emoção. A trama acaba sendo apresentada de forma corrida e não consegue criar uma relação de empatia com o espectador.

Cenas icônicas como a partida de Mulan na calada da noite após cortar o cabelo e o aprendizado dela no acampamento são transformadas em sequências cruas, onde o público não consegue sentir o conflito que a personagem está vivendo e nem o seu grande momento de superação.

Ainda assim, a Yahoo divulgou dados exclusivos de uma empresa de pesquisa mostrando que, mesmo dividindo a opinião dos fãs, é estimado que cerca de 29% dos domicílios nos EUA que assinam o Disney+ decidiram pagar 30 dólares para assistir ao longa até 12 de setembro.

Essa informação acaba revelando que a obra superou outros títulos populares e ‘gratuitos’ dentro da plataforma de streaming e pode ter arrecadado, no mínimo, 261 milhões de dólares em nove dias em lares norte-americanos.

Mesmo que esses números ainda não sejam oficiais do estúdio, mas sim uma estimativa do verdadeiro resultado, a diretora financeira da Walt Disney Company Christine McCarthy comentou que o conglomerado está muito satisfeito com o que analisaram até então.

Se o excelente desempenho de Mulan for comprovado, uma outra problemática vai surgir nos próximos meses: como as redes de cinemas mundiais vão competir com as grandes produtoras lançando seus originais em canais próprios na internet?

Thrillers nórdicos conquistam a indústria e o público

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital 

Fãs de thrillers no mundo todo há alguns anos prestam atenção nas produções da Escandinávia. Desde a estreia de The Killing, gravado na Dinamarca em 2007, até os sucessos mais recentes, como a premiada Dark – que teve a 3a e última temporada em 2020 –, o gênero, também conhecido como “scandi-noir” ou “noir nórdico”, funciona muito bem por lá: as narrativas são bem elaboradas, e os cenários glaciares, com a iluminação naturalmente mais sombria, são perfeitos para as histórias de investigação e suspense.

Entre produções que circulam entre a literatura e as telinhas, aqui estão alguns exemplos que, se você ainda não viu ou não leu, não pode deixar de conhecer! 🙂

The Rain, da Dinamarca

Bron/Broen, da Suécia e da Dinamarca

Deadwind, da Finlândia

Boarderliner, da Noruega

Dark, da Alemanha

Kieler Street, da Noruega

Trapped, da Islândia

Areia Movediça, da Suécia

BTS, Blackpink e SuperM apostam no Ocidente nesse segundo semestre

Por Renata Kurisu
Especialista em Conteúdo

A música pop coreana deixou de focar apenas no mercado oriental e vem conquistando cada vez mais fãs no Ocidente nos últimos anos. Grupos como BTS, Blackpink e SuperM lançaram singles no final de agosto e começo de setembro e agora observam um crescimento nas paradas musicais.

Essa nova onda de produções voltada para o público ocidental começou com SuperM divulgando o pre-single “100”. A boy band, criada pela tradicional agência SM Entertainment em parceria com a estadunidense Capitol Music, é composta por sete integrantes que fazem parte de outros quatro grupos da SM: SHINee, EXO, NCT e WayV. O apelido de “Vingadores do K-pop” não veio à toa, afinal eles foram escolhidos dentro de seus próprios projetos para fazer parte do supergrupo.

Duas semanas depois, em 1º de setembro, SuperM surpreendeu com o lançamento da energética “Tiger Inside” para continuar a promoção do “Super One”, primeiro álbum completo dos cantores que também conta com “With You”, música performada pela primeira vez durante a live “One World: Together At Home”.

Já BTS, o maior queridinho do momento, inovou ao apresentar “Dynamite”, que se consagrou um sucesso rapidamente! O videoclipe bateu todos os recordes do YouTube ao ultrapassar as mais de 101.1 milhões visualizações em suas primeiras 24 horas. Não só isso, a estreia juntou mais de 3 milhões de pessoas ultrapassando o recorde que era de um outro grupo de k-pop, o Blackpink.

Influenciada pela música disco e carregada com bastante elementos de soul e funk, a canção deu a boy band coreana o maior reconhecimento possível dentro das paradas musicais norte-americana: a estreia inédita no primeiro lugar da Billboard Hot 100. Essa é a primeira vez que um artista da Coreia do Sul chega a mais alta posição do Hot 100 já que Psy chegou a segunda posição com “Gangnam Style”.

Ainda colhendo os frutos de seus trabalhos, BTS acabou sendo reconhecido em quatro categorias diferentes do Video Music Awards 2020 (MTV VMA). Os rapazes levaram para casa o prêmio por “Melhor Grupo”, “Melhor Música Pop”, “Melhor Música de K-pop” e “Melhor Coreografia”, todos os três últimos conquistados pelo single “On”.

Por último, o grupo feminino Blackpink convidou Selena Gomez para uma colaboração diferente do que o quarteto está acostumado a lançar e surpreendeu os fãs. “Ice Cream” aposta em uma pegada mais divertida, pop e sem grandes mudanças em sua estrutura, além de ser quase toda em inglês. A ex-artista da Disney se mostrou super confortável e chegou a roubar a cena em certos momentos do clipe.

Além disso, as garotas também puderam celebrar ao serem premiadas pelo VMA 2020 com o astronauta de “Melhor Música do Verão” pelo hit “How You Like That”. A categoria ainda contava com artistas como Dua Lipa, Taylor Swift, The Weeknd, e Cardi B.

Eurovision: o sucesso europeu vai para os Estados Unidos

Por Renata Kurisu
Especialista em Conteúdo

O Eurovision, famosa competição musical que acontece entre os países europeus, está de malas prontas para uma­ nova jornada de sucesso. Em agosto foi informado que os Estados Unidos decidiram comprar a fórmula e criar o Festival Americano da Canção.

Diferente da versão original, que foi um concurso criado para se tornar um programa televisivo com o objetivo de unir ainda mais a Europa após a Segunda Guerra Mundial, a variante estadunidense é apenas uma disputa que coincidentemente será televisionada.

Marcado para acontecer durante as férias de 2021, o torneio vai reunir artistas dos 50 estados do país norte-americano durante várias etapas: de cinco a dez classificatórias, semifinais e a grande final.

Os participantes – sejam eles amadores completamente desconhecidos ou músicos já famosos – serão escolhidos por um júri de celebridades e pessoas influentes da indústria musical ao lado das audiências regionais. Apenas um cantor solo, dupla ou banda de até 6 pessoas sairá vencedor de cada lugar.

A curiosidade que ainda não foi respondida é se cada estado será responsável por dar os pontos que coroam o vencedor como acontece com as nações europeias. Essa é considerada uma das partes mais empolgantes do Eurovision, já que existe uma grande politicagem e amizade diplomática entre os países na hora da votação.

Uma outra marca registrada muito importante é que o país do ganhador se torna automaticamente a sede da próxima competição. Como poucos fatos foram revelados ninguém sabe dizer se o mesmo acontecerá dentro dos Estados Unidos.

Marcada para acontecer em maio de 2020 na Holanda, a edição do programa europeu acabou sendo cancelada – pela primeira vez em 65 anos – em decorrência do aumento de casos de COVID-19 dentro do continente. Mesmo assim os fãs não deixaram passar batido e coroaram a música representante da Islândia “Think About Things”, de Daði & Gagnamagnið, como a ganhadora moral.

Apesar de todos os acontecimentos complicados, o ano também trouxe uma novidade para quem já conhecia o Eurovision e para aqueles que nunca tinham sequer ouvido falar. A Neftlix estreou em junho o filme “Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars” estrelado por Will Ferrell e Rachel McAdams.

A produção segue dois amigos islandeses que são apaixonados por música e conseguem uma chance de representar o país durante o concurso. Com duas horas de duração, o público pode ficar um pouco cansado da narrativa, mas é presenteado com a participação de Demi Lovato e inúmeros competidores antigos do programa como Cochita Wurst, Alex Ryback, Salvador Sobral e Netta.

Animal Crossing libera novidades em atualização de agosto

Por Renata Kurisu
Especialista em Conteúdo

A atualização de agosto lançada pelo Animal Crossing: New Horizons volta a surpreender os fãs do jogo da Nintendo. Algumas das novidades, que são liberadas mensalmente para continuar prendendo os jogadores ao game, trazem antigos personagens de volta à história.

Luna, uma charmosa anta, retorna com o Dream Suite e permite que todos visitem ilhas alheias através do mundo dos sonhos. Dessa forma, o usuário pode abrir sua ilha para receber visitantes de outros lugares e ajudar desconhecidos com ideias sem se preocupar com possíveis roubos de itens. Além disso, ninguém é obrigado a parar seus afazeres para recepcionar o ‘sonhador’.

Até o fim do mês, os domingos serão os dias mais animados com uma queima de fogos que começa às 19h e vai até à meia-noite. Durante a comemoração, o jogador pode customizar os fogos de artifícios, ganhar arcos de cabelo que brilham (são 4 variações) e abusar da sorte em uma rifa de 12 prêmios oferecida pela raposa Redd. Algumas das recompensas são: balões coloridos, bolinha de sabão, ventarolas, cata-vento, língua de sogra, vela magnesiana e vulcões.

Para dar um toque especial, a Nintendo colocou diferentes itens sazonais na atualização e o que mais chamou a atenção dos brasileiros foi o cavalo do “Cowboy Festival” com uma bandeira do Brasil, sendo uma referência a Festa do Peão de Boiadeiro. Também podem ser adquiridos roupas femininas e masculinas para celebrar o Festival Qixi, conhecido como o Dia dos Namorados chinês.

Já em setembro será possível comprar um balde cheio de uvas para comemorar a Festa da Colheita de Uva e um tapete no formato de Lua como homenagem ao dia em que se agradece ao satélite artificial por sua ajuda nas fazendas.

Ouvindo alguns dos inúmeros pedidos dos jogadores, a companhia de videogames também implementou uma forma de realizar backups das ilhas para outros consoles. Por último, ela modificou o modo de tirar fotos dentro do jogo e criou um ambiente mais clean para que se tenha uma visão melhor do cenário.

No novo Animal Crossing, o usuário se muda para uma ilha deserta e precisa transformá-la em um lar tanto para ele como para os outros 10 moradores, que podem ser “escolhidos” entre 397 animais de 35 espécies diferentes. Lançado em março deste ano para o Switch, o Animal Crossing: New Horizons se tornou o mais vendido da plataforma com cerca de 23 milhões de cópias comercializadas tanto digital como fisicamente.

A empresa esperava um bom desempenho nas vendas, mas o isolamento em grande parte do mundo contribuiu para que as pessoas acabassem se envolvendo mais com a narrativa e a proposta apresentada por ela. Afinal de contas, ainda existem muitas surpresas esperando para serem reveladas.

The Umbrella Academy retorna com mais problemas de família

Por Renata Kurisu
Especialista em Conteúdo

A segunda temporada de The Umbrella Academy estreou dia 31 de julho, na Netflix, para acalmar os fãs. Trazendo os sete irmãos Hargreeves de volta em sua jornada para o desconhecido após o mundo acabar em 2019, a trama mostra que cada um dos protagonistas foi parar em um momento diferente dos anos 60 em Dallas, no Texas.

A missão deles é (ou não) impedir o assassinato do presidente John F. Kennedy, mas a situação acaba se transformando em algo muito mais complicado. A adaptação dos quadrinhos de Gerard Way (vocalista do My Chemical Romance) e Gabriel Bá (quadrinista brasileiro) chama a atenção porque não é uma série tradicional sobre super-heróis e sim sobre adultos cheios de problemas acumulados desde a infância que, por coincidência, possuem poderes.

Ao chegar no sul dos Estados Unidos cada irmão precisa enfrentar sozinho os dilemas da época e cabe a Allison (Emmy Raver-Lampman) lidar com uma parte dolorosa da história estadunidense: a segregação entre brancos e pretos. Apesar dos episódios terem sido gravados em 2019, o tema de violência policial e o papel da comunidade afro-americana se torna ainda mais atual.

Já Vanya (Ellen Page) sofre um acidente de carro, perde a memória e vai morar em uma fazenda. Klaus (Robert Sheehan) cria acidentalmente um culto e Ben (Justin Min) fica sem saída tendo que ajudá-lo. Enquanto isso, Diego (David Castañeda) vai parar no hospício porque ninguém acredita em suas palavras, e Luther (Tom Hopper) se torna o guarda-costas de um gângster misterioso.

Tudo muda quando Cinco, finalmente, aparece três anos depois do primeiro Hargreeves, descobre que o mundo vai acabar novamente e que há chances de o novo apocalipse ter sido criado com a chegada dos irmãos em Dallas.

Daí em diante o roteiro explora a viagem no tempo através das falhas de cada personagem e os permite amadurecer depois de anos apontando dedos um para os outros. Claro que o espectador continua com a eterna pergunta: “se eles são tão inteligentes por que vivem fazendo tantas escolhas e decisões burras?”. Esse deve ser o maior mistério de todos.

Gerard Way continua no seu papel como produtor e responsável por escolher a trilha sonora que ajuda a dar mais vida a essa produção. Mesclando sucessos clássicos (“Won’t Be Long”, da Aretha Franklin) com hits pop (“Everybody”, do Backstreet Boys) e covers de singles atuais (“Bad Guy”, The Interrupters), o músico cria um ambiente perfeito para desenvolver cada uma das cenas.

O final foge do previsível, exceto para aqueles que criam mil teorias enquanto assistem, tenta se atentar para todos os detalhes e possíveis nuances, deixando a obra aberta para mais uma temporada.

O que Faz Marcas, Produtos e Serviços Relevantes? – Europa

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital 
Foto:Charles Etoroma on Unsplash

Fizemos uma pesquisa sobre “O que Faz Marcas, Produtos e Serviços Importantes para Você”, para os consumidores no Brasil e em Portugal, Espanha e Reino Unido. Já temos os resultados do comportamento do consumidor europeu ou que vive na Europa, e vamos compartilhar com vocês as análises.

No geral, o resultado nos mostra que, cada vez mais, existe a preocupação com o coletivo. O benefício de um produto ou serviço para a sociedade vem sendo mais importante do que o benefício pessoal que eles possam trazer. Isso evidencia uma grande transformação no padrão de comportamento, de decisão de compra do consumidor: a responsabilidade de melhorar a vida da sociedade não está só nas mãos dos governos, mas também nas empresas e nas escolhas de cada cidadão.

Sobre o que faz uma marca ser incrível, 53.37% dos respondentes disseram que o produto ou o serviço deve ser compatível com o que promete, porém mais uma vez foram citados benefícios coletivos como atributos importantes para 23.60%. Já o preço que os consumidores aceitam pagar por eles está mais subjetivo. O preço baixo não é o grande fator decisório de compra e compete com a melhoria de qualidade de vida das pessoas para 15.17% das pessoas.

A pesquisa mostrou também que a relevância das marcas presentes na mente dos consumidores está em xeque. Atualmente, 64.97% das pessoas sentiriam falta de apenas 1 a 5 marcas de produtos que utilizam, caso elas desaparecessem. É um número muito pequeno de empresas e fabricantes relevantes para esses consumidores, comparado à quantidade existente no mercado. E mais: cerca de 3% das pessoas diz que não sentiria falta de nenhuma marca que costuma usar, caso elas deixassem de existir.

Mas onde os consumidores encontram os produtos ou serviços que desejam? Antes de efetuar uma compra, 79.78% das pessoas procura informações nos sites que aparecem nos rankings de buscadores. A resenha disponível na internet chega a ser mais relevante do que a opinião de amigos e familiares (50.56%), e também do que é publicado nas redes sociais (28.65%).

A presença no mercado digital é cada vez mais importante para o relacionamento entre marcas e clientes, e para o aumento de vendas. Quem ainda não expõe seus produtos ou serviços na internet precisa repensar, com urgência, a sua estratégia ou corre o risco de desaparecer da mente do consumidor.

Conhece o seu público-alvo?

Por Isabel Diniz
Especialista em Conteúdo e UX Writer
Foto: tirachard / Freepik 

À medida que há cada vez mais usuários de mídia digital, as empresas sentem necessidade de estar presentes nesse segmento também. E as agências de mídia engajadas com o sucesso de seus clientes sabem que é preciso usar dados personalizados para atingir os consumidores da maneira que as empresas desejam, sem deixar de fora a avaliação de dados provenientes das redes sociais, do público-alvo. E será que as empresas conhecem mesmo a sua audiência? Existe demanda para o que a empresa quer vender?

É imprescindível que a empresa conheça bem o seu público, mas não só isso. É preciso entender como ele se relaciona com a sua marca. A palavra-chave nesse quesito é: pesquisa. Pesquisar sobre seu consumidor, do que ele gosta, seus hábitos de compra, identificar o que ele busca ao optar pela sua marca dentre todas as outras é o que vai direcionar você para um conteúdo relevante e criar engajamento com o público.

Onde encontrar o seu público-alvo

Algo bastante comum entre as empresas é achar que para ter uma boa presença on-line é necessário estar em todas as redes sociais, mas isso é um engano. Da mesma forma que é preciso saber para quem você está vendendo, é importantíssimo saber onde encontrar as pessoas para quem você quer vender.

Se o seu público é mais velho, não há razão para ter uma conta no TikTok, por exemplo. Sua audiência não vai estar lá. Não adianta nada criar conteúdos incríveis se ninguém vai interagir com a sua marca. Uma grande vantagem das redes sociais é que você pode analisar quais plataformas trazem maior resultado e investir naquelas que de fato têm condições de dar o melhor retorno.

Como falar com o seu público-alvo

Você já sabe quem é seu público e já sabe onde encontrá-lo. Mas você sabe conversar com ele? Cada rede social exige um tom diferente, e é necessário distingui-lo em seus posts. Pode ser mais informal? Pode ter piadinhas? Ou a formalidade é que se encaixa melhor?

Em cada post, nunca se esqueça de com quem você está conversando. Usar uma linguagem com a qual o seu público-alvo se identifica faz com que você estabeleça conexões emocionais muito mais facilmente e de forma natural.

Gestão de mídias sociais: a importância de estar presente e de se destacar

Por Isabel Diniz
Especialista em Conteúdo e UX Writer 
Arte: Vectorarte / Freepik

Quem acha que mídias sociais servem apenas para postar textos, fotos e vídeos precisa urgentemente rever seus conceitos. As redes sociais estão aí para serem usadas, e cada vez mais as empresas enxergam o potencial de venda que elas têm. Porém, nada funciona se não houver uma boa estratégia por trás. Estar presente nas redes sociais já não é nenhum diferencial, então, o que se pode fazer para transformar o comum em algo extraordinário?

Com o acesso da internet à grande massa, a forma como as pessoas se conectam e se relacionam mudou, e as redes sociais foram o trampolim para que essa relação se fortalecesse. Dessa forma, essas plataformas facilitaram o encontro de pessoas que compartilham dos mesmos interesses, ideais e experiências, através de conversas, vídeos, fotografias, textos etc.

A internet tornou muita coisa possível, inclusive a aproximação – de forma nunca antes vista – entre as empresas e seus consumidores, expandindo o alcance das marcas e fortalecendo a relação entre eles. Por outro lado, os consumidores começaram a ficar mais atentos ao que as empresas fazem por eles e para eles e, da mesma forma que são cativados em um momento, podem simplesmente abandoná-la em outro. E é por isso que fazer uma boa gestão das redes sociais pode ser um diferencial de peso na hora de manter o cliente e conseguir novos usuários.

A importância da boa gestão de mídias sociais

Quando as empresas exploram o mundo fora do escritório, e há um objetivo pré-definido do que se espera de determinada mídia, o trabalho digital fica bem mais fácil. As redes sociais são as janelas que as empresas utilizam para atrair o consumidor e fazê-lo conhecer melhor o seu negócio, além de serem potenciais canais de geração de leads. Portanto, divulgar conteúdo de qualidade é a chave para manter o cliente engajado e receptivo.

Por falar em geração de leads, é superimportante que a empresa saiba se relacionar com eles. Fazer posts repetitivos, sem conteúdo relevante e sem frequência definida são erros comuns que fazem com que os usuários percam o interesse ou não deem credibilidade ao negócio. Entenda que nas redes sociais o conteúdo é muito mais importante do que falar sobre seus produtos ou serviços. E ter uma presença ativa gera autoridade!

Quando se ganha autoridade, o ciclo flui:

Fluxo

Como fazer a gestão das redes sociais

Agora que você já sabe que as redes sociais são excelentes ferramentas para impulsionar os seus negócios, e supondo que você já conhece seu público, chegou a hora de arregaçar as mangas e colocar a mão na massa. É necessário seguir alguns passos básicos, porém essenciais para ter sucesso.

Redes Sociais

Estratégia

Aqui iremos, novamente, usar e abusar dos objetivos que a empresa quer alcançar. Aumentar as vendas? Captar mais leads? Facilitar a comunicação com o cliente? Divulgar a marca? Independentemente da estratégia que se tem na cabeça, é necessário sempre ter um objetivo em comum, pois somente assim conseguirá criar boas ações e divulgá-las da melhor maneira. E lembre-se: nas redes sociais, se o seu objetivo comum mudar (e é bom que mude de tempos em tempos), você não precisa alterar tudo e começar do zero.

Conteúdo relevante

Conteúdo relevante é a chave para se conseguir fidelizar clientes. Mas quando falamos em conteúdo, não é apenas escrever um texto ou colocar uma foto bonita. Vai muito além. As redes sociais demandam que a empresa tenha conhecimento do seu público-alvo e saiba utilizar a plataforma em seu benefício. Com isso em mente, os profissionais de conteúdo conseguem desenvolver de forma criativa textos estratégicos que vão explorar os tópicos que mais atraem os consumidores, levando em consideração a premissa de cada rede social.

  • Instagram e o Pinterest são redes sociais mais visuais, por isso, fotos bonitas são essenciais. Capriche nelas.
  • O YouTube permite fazer vídeos de qualquer tema ou tipo. Pode ser de demonstração ou solução de problemas de produtos ou serviços, por exemplo, ou até mesmo vídeos institucionais. É um mundo de possibilidades, e a empresa ainda pode fazer uso de parcerias, tendo a ajuda de YouTubers para atrair novos usuários.  
  • O LinkedIn serve para a empresa criar mais autoridade, postando artigos em seu nicho, compartilhando posts referentes ao negócio e divulgando vagas.
  • O Twitter é muito bom para fazer pesquisas e criar enquetes, além de ser ótimo para treinar conteúdo interessante com poucas palavras.
  • O Facebook é ótimo para linkar posts de seu blog, fazer anúncios e compartilhar mais informações sobre um produto ou serviço.

Identidade visual

A identidade visual é importante por diversos motivos, como personalidade da marca e maior destaque no feed. Há algumas empresas fazem isso tão bem, que antes mesmo de lermos o nome da marca, já sabemos de quem se trata. A identidade visual encanta o cliente e deixa mais fácil o reconhecimento da marca.

Seja consistente

Não adianta nada fazer posts aleatórios, em dias aleatórios e com intervalos muito grandes. É necessário manter a constância e criar pautas editoriais, verificando a interação que terão com o público, qual os melhores horários para subir os posts e em quais redes sociais.

Não é preciso criar conteúdo todos os dias para todas as mídias, mas é importante fazê-los com recorrência, variando as redes. Assim você sempre terá conteúdo relevante para entregar e atingir os clientes.

Mas se for difícil executar essa rotina diariamente, você pode contar com o agendamento de posts. Há inúmeras ferramentas que facilitam esse trabalho, para que você fique livre para cuidar de outras funções da gestão de mídias, como a interação com os clientes, por exemplo.

Resultados, resultados, resultados

Você sabe que está fazendo uma boa gestão quando começa a ver os resultados positivos, mas como saber se o caminho está certo? Analisando os números.

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Saber se sua audiência está interagindo, se você está captando mais leads e até se seu ROI (Retorno sobre Investimento) está positivo são alguns dados importantes para se mensurar e entender se a sua empresa está investindo na rede social certa – e se está sendo feita a gestão correta. É possível que seus resultados sejam bem diferentes em cada mídia, portanto, não se esqueça que suas ações deverão ser diferentes para cada uma delas.

As ferramentas que podem ajudar a fazer uma boa gestão de mídias sociais

Por mais que se queira e tenha boa vontade, sozinho não se chega a lugar algum

Hoje em dia, há inúmeras ferramentas que podem ajudar você a fazer a gestão no dia a dia das redes sociais. Elas monitoram as atividades dentro da rede social, agendam os posts, medem o ROI, exibem anúncios e muito mais. Você só precisa identificar qual delas é a melhor para seu negócio, e avaliar se o custo cabe no seu bolso. Algumas bastante conhecidas são:

  • HootSuite: é compatível com mais de 35 redes sociais e oferece uma plataforma de treinamento para o uso da ferramenta;
  • Buffer: é bom para quem é iniciante em redes sociais e possui uma versão gratuita (limitada);
  • Hubspot: a plataforma permite que você não apenas monitore e publique, mas também obtenha dados de relatório de desempenho, verificando quais canais geraram leads e vendas.

E aí, pronto para dar o start?

Você já percebeu que gerir uma rede social não é dos trabalhos mais fáceis! Mas com comprometimento e conhecimento do seu público, é possível fazer dar certo. Aliás, se você ainda não conhece o seu cliente ou não tem certeza se está agindo da melhor forma com ele, veja algumas boas dicas neste outro artigo sobre público-alvo.

Se você já tem sua empresa nas redes sociais, responda a essa pergunta: elas estão dando o resultado que você gostaria?

E se você precisar de ajuda, nossa experiente equipe de conteúdo vai desenvolver a sua marca!

O sucesso e a ruína de uma marca

Por Liana Fernandes
Jornalista e Especialista em Conteúdo e Marketing Digital 
Foto:freepik

É incrível o poder que as redes sociais mostram hoje em dia e o alcance que um post pode ter, mas o que fazer quando uma marca é atingida de forma negativa? Histórias reais vêm à tona e tornam-se virais em um piscar de olhos, como o caso envolvendo uma funcionária da Avon. Da mesma forma, temos consciência do estrago que fake news fazem e de como uma informação falsa é disseminada nas redes. 

O caso mais recente é o escândalo da Wayfair, uma loja de departamentos americana. Uma cliente indignada com os preços altos, em um post numa rede social, levantou a suspeita de tráfico de crianças. Isso mesmo. A cliente acha que a loja cobra preços muito altos por seus produtos da coleção WFX, então, a única coisa que justificaria os valores da Wayfair seria ela traficar crianças. O post foi:

“Is it possible Wayfair involved in Human trafficking with their WFX Utility collection? Or are these just extremely overpriced cabinets? (Note the names of the cabinets) this makes me sick to my stomach if it’s true 🙁 “

Bastou isso aparecer nas redes sociais para surgirem os “detetives” de plantão, avaliando os produtos da loja, os nomes dados a eles, e criarem suas linhas de investigação. Algumas pessoas foram a fundo, e disseram que o número de estoque dos produtos junto ao termo “src usa” no mecanismo de busca russo Yandex apresenta referências a crianças e à pedofilia, entretanto, segundo testes, isso é comum com qualquer sequência aleatória de números junto ao “src usa” nesse buscador. 

Os nomes de alguns produtos, por serem próprios, também foram apontados como possíveis “provas” pelos internautas. Isso porque alguns deles aparecem nas listas de crianças desaparecidas nos Estados Unidos. Bom, há que se mencionar que existem cerca de 800 mil crianças desaparecidas na América, segundo o National Center for Missing and Exploited Children. Diante de um número de tal dimensão, me parece muito fácil um nome daquela lista figurar em qualquer lugar: em outras crianças, em automóveis, em móveis, em roupas, em brinquedos… Muitas marcas dão nomes de pessoas a seus produtos. Até animais de estimação ganham nomes próprios.

A acusação foi bem grave, e até agora nada foi provado por quem de fato investiga crimes: a polícia. Porém, a mancha na marca já foi feita. A loja teve de se explicar, dizendo que os itens da coleção em questão são industriais, por isso o preço alto. Todos os equipamentos industriais são caros. Porém, o preço de alguns outros produtos, como travesseiros e cortinas também foi questionado pelos usuários. Isso me fez pensar em até que ponto uma marca tem autonomia para precificar seus produtos hoje em dia.

Lembrando os Ps do Mix de Marketing, o preço de um produto envolve muitas variantes: o custo de fabricação, os impostos, a distribuição, as comissões, a concorrência, a margem de lucro, a qualidade e como a marca quer se posicionar diante do mercado, por exemplo. Assim, a empresa precifica o produto, e o consumidor decide se o compra ou não, de acordo com a sua percepção de valor agregado. Mas e quando o cliente não enxerga o benefício ou duvida dele? A empresa deve se justificar? Baixar o preço? Na minha opinião, quando o cliente não percebe a qualidade de um produto há um grande problema para a marca, pois significa que a comunicação e o marketing não estão sendo feitos da maneira que deveriam para que os objetivos fossem atingidos.

No caso da Wayfair, a empresa ainda não “justificou” os preços de seus travesseiros e cortinas. Ela não é obrigada a fazer isso, mas considerando os dias de hoje e a velocidade que uma informação ganha é necessário fazê-lo. Acredito que sair de uma crise dessas, já instalada e disseminada pelas redes sociais não vai ser fácil, mas agir com transparência e agilidade na resposta ao público é sempre um bom começo.